O Dia Internacional dos Direitos dos Animais, comemorado em todo o mundo em 6 de Dezembro, dessa vez contou com uma manifestação sem igual e nunca vista sensibilizando pessoas do mundo inteiro para a causa animal. A manifestação foi realizada pela ONG Igualdad Animal, da Espanha, na Porta do Sol em Madrid. Foi algo tão bem feito e tão sensibilizador que em poucas horas a notícia já corria o mundo e era divulgado pelos mais diferentes meios. Eis a tradução dos acontecimentos que nos foi enviado por E-Mail pela referida organização:
Coincidindo com o Dia Internacional dos Direitos Humanos, Igualdad Animal celebrou no Dia Internacional dos Direitos dos Animais, como vínhamos fazendo há vários anos, reivindicando que o mesmo respeito que devemos ter para com os humanos tem que estender-se ao resto dos animais. Mais de uma centena de ativistas de Igualdad Animal provenientes de diversas regiões da Espanha e do estrangeiro, sustentamos em nossas mãos os corpos mortos de cordeiros, galinhas, visões, porcos, frangos, peixes, gatos, zorros e coelhos que haviam sido mortos nas granjas de exploração animal.
Mostramos deste modo a face mais dolorosa do consumo de animais, dando a oportunidade para uma reflexão da sociedade sobre a necessidade de respeitar os animais de outras espécies com os quais compartilhamos o planeta.
Durante todo o ato houve um respeitoso silêncio, só quebrado pelas descrições que fizemos sobre como havia sido a vida e a morte desses indivíduos que jaziam nesses momentos sem vida nas mãos daquelas pessoas que haviam decidido deixar de explorar-lhes e ajudar-lhes. Alguns ativistas não puderam reprimir as lágrimas de pena e emoção ao ter o corpo de uma vitima em suas mãos... umas lágrimas que se contagiaram a diversas pessoas do público, que puderam compreender a injustiça de tirar-lhes o direito de viver.
Em mais de trinta anos que estou no movimento, nunca havia participado de um ato como este. John Curtin – Inglaterra
Este impactante e emotivo ato obteve a repercusão imediata excepcional, sendo recolhido por meios de comunicação de países como Rússia, Austrália, Estados Unidos, Peru, Noruega, Bélgica, Jamaica, Argentina, África do Sul, Venezuela, Polônia, Inglaterra, Portugal, República Checa, França, Eslovênia e Itália entre outros.
A manifestação foi aclamada em todo o mundo e por sua impressionante colocação em cena e seu respeitoso modo de reivindicar o respeito que merecem todos os animais. Tirando das granjas os corpos sem vida desses animais, que haviam padecido a exploração nas mãos dos humanos, evitamos que essas mortes permanecessem ignoradas e ajudamos para que a sociedade se dê conta do terrível dano que causamos aos demais animais com nossos hábitos.
Era muito pequena, ainda tinha um cordão umbilical fresco, pendurado. Rosa com bolinhas pretas, maravilhosa. Eu a imaginava correndo alegremente, desfrutando de suas primeiras horas de vida. Mas não, estava morta e nunca mais despertaria. Nasceu para sofrer e morrer, um hematoma tremendo evidenciava esse sofrimento e enquanto eu a sustentava pensava no que isto implica, a todos e a cada um dos dias, a cada momento.
Olhava a gente ao redor sentindo-me pior do que faz muito não me sentia, desejando que este corpo que sustentava e todos e cada um de meus companheiros não tivessem morrido nunca, e que despertassem para viver uma vida plena, que a gente que passava se fixassem um segundo neles e vissem o que esses corpos significavam. Laura – Valencia
Eu tive que sustentar um pequeno pintinho com apenas horas de vida. Minhas grandes luvas de látex se curvavam para formar um leito para dar algum calor para aquele corpo que só conhecia a dor e terror. Fazia frio e minhas mãos tremiam, e a emoção me fez pensar que aquele pequeno corpo que sustentava podia voltar à vida, essa vida arrebatada pela ignorância e a injustiça. Fechei os olhos por uns milésimos de segundo, esperando que o sonho impossível da justiça se fizesse realidade, mas quando os abri continuava morto, inerte. Então pensei que se voltasse a fechá-los, haveria uma maré de pessoas reclamando seus direitos, e dessa vez sim, era real.
Xoxe Gopar – Barcelona
Para começar, a organização é muito boa... saber que havia alguém sempre ali para ajudar para se um ativistas não podia já sustentar os cadáveres das vítimas foi tranqüilizador, porque realmente foi algo muito duro de se fazer. Obrigado a todos por isso.
E claro, foi um ato muito comovente. Estar ali e ver as pessoas que possivelmente pela primeira vez viam literalmente os olhos das vítimas e choravam como fizeram várias das pessoas que passavam... isso foi muito emotivo. Isso me fez sentir a força da manifestação, as muitas pessoas que se foram pensando e fazendo conexão, certamente recolocando-se sobre suas atitudes. E essa força se viu com a difusão mundial que teve o ato. Quando só fazia horas que havia terminado e já saia nos meios digitais e ainda agora seguimos encontrando novos meios que difundem a notícia. Outro ato inesquecível. Não só para todos os meios digitais e impressos, em vários idiomas, em outras televisões do mundo. Um impacto para todos.
Daniella Paola – República Checa
Fonte: http://jornalanimais.blogspot.com/2010/01/veja-como-foi-mais-incrivel.html
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